Deveria descansar mais que não é bom dormir pouco que o sono repõe as energias gastas e, óbvio, acabou partindo para o discurso em nome de uma vida saudável. Só faltou sugerir que eu mudasse totalmente a alimentação. Não, não faltou. Sugeriu: — saladas de rúcula, acelga, alface... Foi me dando um sono.
Já um outro amigo disse que não é nada disso e, que cada um é cada um. Nossa que percepção. Não consegui esconder meu risinho que, como já sabem, começa no cantinho esquerdo da boca vai lentamente se abrindo, mal parece sorriso, na verdade é um leve mover de lábios. Se bem que não tive a intenção de esconder não. Amigo que é amigo não se melindra da gente demonstrar o que sente.
Já um outro amigo adepto do “Carpe Diem”, todo sorridente, foi logo dizendo que é isso mesmo : — devemos aproveitar ao máximo todos os momentos sem nos preocuparmos com o amanhã, pois não sabemos o que nos reserva o destino. O que importa é o presente e que dessa vida nada se leva mesmo e que... E que... Bem, amigo a gente gosta e pronto, independentemente se o sujeito é esquisitão, gosta de frases feita, clichês..
Já um outro amigo, poeta de mão cheia, entrou na conversa e não teceu nenhum comentário não. Só nos olhou profundamente e, com sua voz doce, relembrou o grande escritor e suas sábias palavras: — “amigo é só isto a pessoa com quem a gente gosta de conversar, do igual o igual, desarmado. O que um tira prazer de estar próximo. Só isto, quase; e todos sacrifícios . Ou – amigo – é que a gente seja, mas sem precisar de saber o por quê é que é .”
Com os olhos marejados de lágrimas e o sorriso escancarado esbanjamos saúde e com um bom vinho alongamos o prazer do viver.