quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Eterno Retorno

Quero, antes de tudo, o espaço externo. Produto das minhas idas e vindas, do meu muito caminhar, das minhas fugidias paragens junto ao bosque, entre campânulas, avencas, samambaias, onde meu corpo deitado mistura-se a relva úmida e, por uns instantes, tudo é pleno. Dos meus finais de tarde em meio ao movimento caótico do trânsito e do frenesi que isso provoca; da rapidez com que os dias terminam e a pendência dos compromissos são arrastados noite adentro.  Infinito renovar-se. Eterno retorno.


Da emoção dos encontros e dos desencontros; do não e do sim dito à queima roupa. Do olhar malicioso, do corpo tocado nas tardes de puro ócio e do riso maroto dessa ousadia. Um viver e deixar-se viver, e tantos outros pequenos detalhes do dia a dia, sabedora que é preciso coragem para viver como se quer.