sábado, 11 de maio de 2013

"O ato de parir"



O ato de parir me fez mãe. Entre erros e acertos; mamadeiras e papinhas, segui confiante. E com uma única certeza: a de que ser mãe era não me afastar, em demasia, de mim. Entre amigos, bares, palco, prosa, poesia, trabalhos, eu, com uma energia vinda de não sei onde. Dos deuses, da palavra, da poesia? Provavelmente. Ajudava meus filhos em suas tarefas escolares, contava-lhes estórias, declamava poesias, improvisava cenas teatrais, só para ver o brilho de seus olhos e um sorriso se abrindo lentamente, e, em muitos fins de tarde, também brincávamos de roda, esconde-esconde e tantas outras brincadeiras deliciosas daquela época.  Muito passou. Muito se passou. Novos amigos, novos amores. Segui. E, em todos os momentos, a preciosa presença deles: meus filhos. Mas, em momento algum dei exclusividade. Assim, maturaram. E hoje estão aí: criativos, críticos, decididos, alegres, escolhendo seus caminhos entre erros e acertos. Numa constante troca comigo. E eu só posso, neste dia das mães, como em todos os outros dias, agradecer-lhes por serem quem são e como são. 

                                              

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