O
ato de parir me fez mãe. Entre erros e acertos; mamadeiras e papinhas, segui
confiante. E com uma única certeza: a de que ser mãe era não me afastar, em
demasia, de mim. Entre amigos, bares, palco, prosa, poesia, trabalhos, eu, com
uma energia vinda de não sei onde. Dos deuses, da palavra, da poesia? Provavelmente.
Ajudava meus filhos em suas tarefas escolares, contava-lhes estórias, declamava
poesias, improvisava cenas teatrais, só para ver o brilho de seus olhos e um
sorriso se abrindo lentamente, e, em muitos fins de tarde, também brincávamos de
roda, esconde-esconde e tantas outras brincadeiras deliciosas daquela época. Muito passou. Muito se passou. Novos amigos,
novos amores. Segui. E, em todos os momentos, a preciosa presença deles: meus filhos.
Mas, em momento algum dei exclusividade. Assim, maturaram. E hoje estão aí:
criativos, críticos, decididos, alegres, escolhendo seus caminhos entre erros e
acertos. Numa constante troca comigo. E eu só posso, neste dia das mães, como
em todos os outros dias, agradecer-lhes por serem quem são e como são.
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