Imagem: Sergio Cajado
Fitou-me por algum tempo em silêncio, antes que voltasse a falar. Derrepente, por mais absurdo que me parecesse, começou a gargalhar. Ria alto chamando a atenção de todos ao nosso redor. Eu por minha vez não resisti e esbocei um leve sorriso, com os olhos ávidos cravados nele conjeturava a possibilidade de uma simples faquinha em minha bolsa. Pensamento acalentado há tanto tempo, mas sempre adiado. Desejava não ter esse desejo, essa necessidade diária de dar um fim nessa onvivência sórdida, mesquinha, vil. No entanto, quando ele me olhava, feito um menino, eu me sentia toda iluminada. Comprendia que nascemos um para o outro, feitos sobre medida. Traiçoeiros e vulgares. Esquecia-me de nossos rompantes, de nossa bôemia, de nossos amantes. E, toda amor esquecia-me também da bolsa e da possibilidade de uma simples faquinha. Sonhava com uma vida inteira juntos, e nossa sórdida conviência como alimento necessário. Olhei-o em silêncio. E, gargalhei!
O ínico (1º parágrafo) desse texto postei no Tempus. Lá ganhou outro título e, claro, com a participação de outras pessoas tornou-se uma outra narrativa.(Linda,por sinal.:o)
2 comentários:
Oi Su, comentei lá no face, comento aqui tb.. muito bonito o texto... bjão
É tb gosto,mas ficou muito bom lá no Tempus tb. E, a imagem que o Sergio escolheu ,como sempre, primorosa. :o) Valeu!!!
bjão
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