Ando é muito ranzinza, mas que ele entende, imagine. E sabe que é justíssimo esse meu momento, que são muitos compromissos, blá... blá...blá...E por aí foi com um discurso todo cheio de dedos. Eu que não sou boba aproveitei para rir um pouco. E pude mais uma vez constatar, o que ele nem de longe compreende, a leveza que sinto com meus deliciosos compromissos. Ri muito. Foi quando ele à queima roupa disse:- péssimo o seu comportamento no oftalmologista. Nossa! Não se pode mais comentar nada que a notícia se espalha e, claro cada um aumenta um detalhezinho só pra colocar seu estilo pessoal de narrar. Pronto, é o que basta.
Já outro amigo, à boca pequena, me disse: — achei uma bobagem o ocorrido. Não precisava todo aquele pampeiro era só um exame corriqueiro, aliás, e usado desde o tempo da minha avó, Fiquei, com meus botões, a matutar que pampeiro será esse que chegou aos seus ouvidos. Mas amigo é amigo, e se a gente não puder falar o que está pensando melhor nem falar nada. E ele é meu amigo, sei disso. E foi ,então, que rasguei o verbo :— Meu querido, veja você que depois de todos aqueles exames de alta tecnologia ,o sujeito ou melhor o doutor pede gentilmente que eu me acomode em uma bela poltrona , apaga as luzes e de repente só o clarão na outra parede com algumas letras do nosso alfabeto e a famosa técnica: —
A senhora enxerga melhor: — assim, clic ou assim, clic assim ou assim clic assim... E como eu tenho o hábito de comparar para poder escolher o que sinto com a melhor opção, a cada mudança da futura lente respondia: — essa está melhor do que anterior, ah! essa é mais nítida , essa... O que o médico não gostou, pude perceber. Até que levada pelo que meu amigo nomeou acima, ranzinza, e eu categoricamente entendo como o ato de refletir, disse em bom tom ao médico: — impossível não fazer comparações quando temos que escolher é um processo natural da nossa mente, infelizmente nem todos fazem uso desse recurso, pois para muitos pensar é cansativo e por ai fui ... clic, luz acesa. Bom dia, doutor.
Dessa vez nem tive tempo de ouvir meu outro amigo que, com seu passinho miúdo, chegava. Mas ele também nem disse nada, sabedor que é da importância da refexão, sabia que não havia nada a dizer mesmo.
4 comentários:
Cada vez mais interessante esta sequencia deste bons amigos,que não se cansam de opinar e criar reflexões.Uma bela arte Sueli,mas fala sério,é ranzinza,pampeira?rsrs.
Meu abraço amiga.
Bju.
grata, Toninhobira.
O pior, meu amigo, é que estou com os óculos, que quando olho para o monitor tenho a sensação de filme em 3D, uma loucura.
poizé, ando mesmo "pampeira" e tenho que assumir ranzinza, coisas da juventude.:o)
bju
sabia que não havia nada a dizer mesmo :)
dizemos muito, quando não falamos.
Perfeito,Andressa.
abraços.
grata.
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