Quando chegou ele estava deitado na cama, imóvel, os olhos fixos no teto, as mãos sobre o estômago, calçava só um tênis, o outro jogado no chão todo sujo. Entrou com cuidado, com passos lentos. Já o imaginava em casa. Abriu a porta tentando fazer o menor barulho, conseguiu. Mas não pode conter as lágrimas que a imobilizam de qualquer atitude.
Ali parada, sem ser notada, relembrou outros momentos. Eram felizes. Um leve sorriso formou-se. Bons tempos pensou. Mas não soube explicar, a si mesma, porque em sua mente formava-se aquele pensamento. Feito um passe de mágica seu sorriso desapareceu, ato contínuo tentou sair dali, mas seus pés pareciam colados ao chão e seu corpo endurecido como uma estátua, somente as mãos mesmo obedeciam ao seu comando. Foi quando abriu a bolsa, fração de segundos, e disparou o revólver que atingiu o corpo inerte sobre a cama.
2 comentários:
Nossa que conto amiga!Numa fração de segundos imaginei mil e uma coisas,que desfecho.Bom que voltou e assim podemos reiniciar a bela sintonia por mais um ano.Meu abraço carinhoso.Bju.Gostei da nova imagem descontraida e alegre.Bela semana de paz e luz e muita poesia.
Gratíssima, Toninhobira.Gostei da ideia tb, "me surgiu" assim.... assim- numa fração de segundos :o) e aí está.
Alegria é tudo mesmo, eu estava realmente feliz nessa. rs.
ótima semna procê tb.
abração
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