Heidegger, em sua “Carta sobre o Humanismo” (Questions III), diz que o “homo humanus”, além de ter um meio ambiente, como os demais seres vivos (que nele estão presos), é o único que, em sua humanidade, ex-iste — está exposto à clareira do ser”, livre para ter não um meio ambiente, mas um mundo. A convocação a pensar a Verdade do Ser, que este dirige ao homem, é o que o torna um homo humanus.
O pensamento, portanto, em seu ser verdadeiro, “não é nem teórico nem prático” —, não é nem episteme e techne, nem práxis: "Um tal pensamento não tem resultado. Não produz nenhum efeito. Satisfaz à sua essência no momento que é” O pensamento é, para Heidegger,um fazer. Mas um fazer que ultrapassa de imediato toda práxis. O pensamento é superior a qualquer ação e produção, não pela grandeza do que realiza ou pelos efeitos que produz, mas pela insignificância de sua realização que não tem resultado.
Em seu “Qu’appelle-t-on penser?” (O que se chama pensar?), Martin Heidegger afirma: “ Poesia e Pensamento não se limitam, jamais, a utilizar a linguagem, a pedir sua ajuda para declarar-se, mas Pensamento e Poesia são,em si, o falar inicial, essencial e, consequentemente, ao mesmo tempo, o falar último que a língua fala por intermédio do homem.”
Heloisa Vilhena de Araújo. São Paulo- Mandarin, 2001
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4 comentários:
Muito interessante o pensamento. Este como ineficaz, por assim dizer, mas ilimitado, capaz de "deslimitar" o homem. Gostei!
Grande abraço,
Poizé, gostei da tua "colocação", Rodrigo.
grande abraço
Creio que tudo resulta de um pensamento. Depende a direção dele.
Pensar...pensar..e...pensar!
beijo, kátia
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