Uma palavra veemente, e ao mesmo tempo suave, que muitas vezes ouvi quando menina: — leitura. Ler tornou-se, assim, algo constante em minha vida. A princípio somente uma maneira deliciosa de afastar-me de tudo e de todos. Mas como o tempo tornou-se uma necessidade vital. Ler, então, era o meu maior prazer.
Passava horas e horas na biblioteca, ou mesmo no fundo do quintal embaixo da velha mangueira com o livro que, às vezes, chegava a cair das minhas mãos tamanho o cansaço. Acordava assustada com minha mãe que sorrindo fechava o livro. E eu seguia cambaleando para dentro de casa a sonhar como o final da história.
Passava horas e horas na biblioteca, ou mesmo no fundo do quintal embaixo da velha mangueira com o livro que, às vezes, chegava a cair das minhas mãos tamanho o cansaço. Acordava assustada com minha mãe que sorrindo fechava o livro. E eu seguia cambaleando para dentro de casa a sonhar como o final da história.
Ouvi também muitas e muitas vezes comentários, preocupações carinhosas de alguns vizinhos sobre essa difícil escolha:- ficar só. Difícil para eles que não tinham descoberto, ainda, a riqueza contida nas páginas de um livro. E, hoje na distância do tempo constato que silêncio e solidão foram determinantes na minha vida. Uma área mágica que trago guardado dentro do peito.
E nessa quietude vivo uma grande emoção, uma festa, um quase ritual orgíaco sentido em cada verso do poema, em cada conto, romance, crônica de escritores fabulosos dessa belíssima língua que tanto me encanta: — a língua portuguesa.
4 comentários:
[genuína declaração de amor, ao quanto que faz bater tanto peito, esse livro de vida fugaz]
um imenso abraço, Sueli
Leonardo B.
seus comentários "me emocionam", sempre! (saudade)
imenso abraço, Leonardo.
grata.
uma viciada como eu. É tão bom encontrar gente parecido. Gente com doença igual a minha.
Verdade mesmo Lailin, coisa maravilhosa e "estar" com "os "parecidos". Dessa doença não saramos,não. Nem queremos :o),
eita vício bão.
bjus
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