domingo, 18 de julho de 2010

Versos Alheios


No papel quem me dera palavras.
Chamo Pessoa ele não me escuta.
Quero versos.
Quero também ser do tamanho da minha aldeia.
Quero falar dos sentimentos das pedras.
São só pedras.
Poetas, poetas.


As palavras sufocam.
As idéias morrem.
E o papel ficará em branco.
Branco como a morte.
Lispector empresta-me borboletas.
Quero também voar,
Voar no mundo das palavras


Mas não sou poeta.
Sou um severino,
um sertanejo.
Para mim tudo é
terra,
gente,
fome.

6 comentários:

Katia em anexo disse...

Loco isso né?


As palavras sufocam.
As idéias morrem.

bjs

sueli aduan disse...

É muito loco tudo isso :o)
bjs,Ká

Marcantonio disse...

Acho que todos os versos consumados (e consumidos)parecem alheios. Quem os fez?

Abraço.

sueli aduan disse...

Os "Alheios" :o) eu!

abs

Marinês disse...

Belo! Belissimo!

parabéns!!!

bjo

sueli aduan disse...

obrigada, obrigadíssima. :o)

bjus,