II capítulo
A difícil jornada
Triste também era olhar a terra e assistir lentamente a morte das plantas. O suor de tantos meses ali perdido, junto a fome e a miséria do povo da aldeia. Liu sofria com tudo isso e sabia: - Era preciso fazer alguma coisa. Mas o quê? Pai reclamava ,reclamava, mas não queria ir embora, tentar novos rumos. Era apegado ao lugar. Liu lembrava da infância, da mãe descendo a colina com o cesto carregado de frutas e seus olhos enchiam-se de lágrimas. Recordar a mãe segurando sua mão, entoando lindas cantigas com voz forte e serena, era o que fortalecia e apaziguava seu coração para a difícil jornada .
Assim passaram -se anos. Mae e filha descendo e subindo a colina todos os dias, regando,colhendo e vendendo as flores e os frutos da terra. Com a morte da mãe, agora seu caminho era feito com o pai. Não era o mesmo caminhar. Nem o caminho era o mesmo. Não havia cantigas no ar e as mãos iam balançando junto ao corpo num abandono só.
Liu olhava nos olhos de seu pai, desviava o olhar rapidamente e com o coração apertado sonhava com um outro viver, um outro mundo. Sabia que un dia, não muito distante, não estaria mais ali. E isso era tudo o que queria.
Mas porque,então, perdeu o controle? E como seguir adiante sem resolver o acontecido. Esses pensamentos ,naquela noite fria, era o que preenchiam sua mente.
2 comentários:
aguardando o III... muito bonito Su... bjs
Obrigada, ká.
bjs
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