Versos Alheios
no papel, quem me dera palavras
chamo Pessoa ele não me escuta
quero versos.
quero também ser do tamanho da minha aldeia
quero falar dos sentimentos das pedras
são só pedras.
poetas, poetas
as palavras sufocam
as idéias morrem.
e o papel ficará em branco
branco como a morte.
Lispector, empresta-me borboletas
quero também voar,
voar no mundo das palavras
mas não sou poeta
sou um severino, um sertanejo
para mim tudo é
terra,
gente,
fome.
2 comentários:
Muito bom..... Arrepiei....
...arrepiar com poesia é muito bom, fico felizzzzzzzzzzzz,
obrigada por esse presente.
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