“O dragão que me queima é o mesmo que me salva” assim exprime Carlos Roberto Mantovani em “Redundâncias”.
A sua poesia e´um grande mural onde os flashes do cotidiano se sucedem em uma dinâmica própria, particular.
É um universo caracterizado pela observação e transformado, de meros fatos, em imagens altamente poéticas. A passagem do puro e ingênuo a profano e dramático é uma constante. O poeta transita facilmente nesses dois extremos, consciente das aberrações da vida, como também cônscio de sua atitude junto ao seu mundo.
É um universo caracterizado pela observação e transformado, de meros fatos, em imagens altamente poéticas. A passagem do puro e ingênuo a profano e dramático é uma constante. O poeta transita facilmente nesses dois extremos, consciente das aberrações da vida, como também cônscio de sua atitude junto ao seu mundo.
Outras vezes é lírico, talvez para redimir a estranheza perante situações que desconhece. Nascido e vivido em cidade do interior, tem maior poder de dissecar seus personagens, pois os pequenos núcleos possuem a magia de manter coesos os fatos e de personalizá-los ainda mais.
É dessa vivência, quase fantasmagórica, que os personagens o visitam, fazendo parte do seu eu e, transformados em linguagem poética, renascem com imensa força. Resta saudar o poeta com boas-vindas e perguntar-lhe:-
“Como vai?” Ele, então, responderá: -
“Bem, apesar de mim”.
Porque o dragão que o queima é o mesmo que nos queima há séculos, vive entre nós e chama-se Poesia.
Bem-vindo, Poeta.
Os Editores
Maio/1984
sueliaduan
2 comentários:
Quero ler Redundancias.
É muito lindo.Vai gostar.
Envio um pelo correio.
Aguarde!
bjus
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